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Instituto Ísvara/ Andrés De Nuccio

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A ilusão do silêncio mental: por que buscar silenciar a mente não traz paz

  • 13 de out.
  • 5 min de leitura
Silenciar a mente não traz paz


Há dias em que tudo o que mais desejamos é uma trégua. Não uma trégua dos compromissos, mas daquilo que parece não nos deixar em paz: a mente que não para. Pensamentos incessantes, lembranças perturbadoras, cobranças internas, diálogos imaginários que nunca cessam. Surge então o desejo quase desesperado: “Se eu pudesse silenciar a mente, eu encontraria paz.”


Essa ideia parece natural, mas esconde um equívoco profundo. A mente pensa - assim como o coração pulsa e os pulmões respiram. Pensar é o que ela faz. O problema não está no pensar, mas na forma como nos relacionamos com esse fluxo constante.



O mito do silêncio como solução: silenciar a mente não traz paz.


Vivemos em um tempo que oferece fórmulas rápidas para tudo. Há técnicas de relaxamento que prometem uma mente sem pensamentos, aplicativos que anunciam “dez minutos de silêncio interior”, até movimentos espirituais que associam iluminação à ausência completa de pensamentos.


Mas calar a mente, em si, não é paz. Silenciar a mente não traz paz, é como tentar encontrar saúde parando o coração. O que buscamos não é uma mente muda, mas uma consciência livre.


O equívoco nasce quando confundimos o barulho mental com a nossa identidade. Se acreditamos que somos apenas o que pensamos, cada frase que passa pela mente parece uma sentença definitiva. E, quanto mais tentamos lutar contra esses pensamentos, mais eles se fortalecem.



A verdadeira fonte de inquietação


O incômodo não está na existência dos pensamentos, mas na nossa fusão com eles. Um pensamento diz: “Você não é bom o suficiente.” E, em vez de apenas observar, acreditamos. Sofremos como se aquela frase fosse a verdade.


Outro pensamento projeta: “E se tudo der errado amanhã?” E mergulhamos em ansiedade, como se o amanhã já tivesse chegado.


Não é o pensamento que dói. É a identificação automática com ele. É esquecer que há em nós algo além do fluxo mental: a presença silenciosa que observa o fluxo, mas não se confunde com ele.



O que permanece quando o pensamento vai embora


 Quem nunca experimentou este contraste?

Durante horas, a mente repete um problema. De repente, surge uma distração: uma conversa, uma paisagem, uma música. E o problema desaparece da mente por alguns instantes. Mas você continua existindo.


Esse simples fato já revela uma verdade esquecida: você não é os pensamentos. Eles vêm e vão, mas algo em você permanece.


Descobrir esse algo é mais poderoso do que calar o pensamento. Porque é nesse reconhecimento que nasce a verdadeira liberdade: a capacidade de relacionar-se com os pensamentos sem ser possuído por eles.



O risco de confundir silêncio mental com paz


Buscar apenas o silêncio mental pode até trazer momentos de alívio, mas não resolve a raiz. É como varrer a poeira para debaixo do tapete: enquanto acreditarmos que somos a poeira, ela continuará nos incomodando.


A paz não é ausência de pensamento, mas presença que não depende do pensamento. É a lucidez que observa a mente em movimento e não se perde no movimento.



A ponte com as emoções


 Essa mudança de perspectiva com os pensamentos é a mesma que precisamos cultivar com as emoções. No vídeo “EMOÇÕES intensas: como sentir o que importa sem se perder”, mostrei como confundimos intensidade emocional com profundidade - e como isso nos torna vulneráveis a sermos arrastados pelo barulho interno e externo.


Pensamentos e emoções seguem a mesma lógica: ambos são transitórios, ambos podem ser observados, ambos não definem quem somos. A verdadeira paz não surge de eliminá-los, mas de mudar a forma como nos relacionamos com eles.



Liberdade interior: mudar a relação com os pensamentos


 Pensamentos não são inimigos. Eles são como visitantes que entram e saem de uma casa. Alguns são bem-vindos, outros inconvenientes, mas nenhum deles define a casa em si. A casa continua sendo casa, independente de quem passe por ela.


O problema é que, muitas vezes, tratamos cada visitante como dono da casa. Nos identificamos tanto com as ideias que surgem que esquecemos que existe em nós um espaço mais amplo: a consciência que percebe.


Esse reconhecimento simples, mas transformador, abre uma nova possibilidade: não precisamos lutar contra a mente para encontrar paz. Precisamos apenas reposicionar-nos diante dela. Observar, discernir, escolher.


A liberdade não está em calar pensamentos, mas em não ser refém deles.



O exercício da desidentificação


 Começa com um pequeno deslocamento:

• Um pensamento surge.

• Você observa: “é apenas um pensamento, não sou eu.”

• Ele passa, como uma nuvem no céu.


No início, esse deslocamento pode durar poucos segundos. Com prática, amplia-se. Aos poucos, percebemos que não somos definidos pelas vozes internas - somos quem escuta.


É aqui que se revela a verdadeira paz: não no silêncio forçado da mente, mas na serenidade de saber que pensamentos não têm o poder de aprisionar quando não nos confundimos com eles.



A promessa da independência emocional


 Essa mudança de perspectiva é parte de algo maior: a independência emocional. Assim como não precisamos depender de conquistas externas para sentir valor ou de papéis sociais para sentir identidade, também não precisamos depender do silêncio mental para experimentar paz.


Independência emocional significa reconhecer que:

• As circunstâncias podem mudar, mas há em nós um eixo estável.

• Emoções podem oscilar, mas há em nós uma clareza que não oscila.

• Pensamentos podem se multiplicar, mas há em nós uma presença que não se multiplica nem se perde.


Esse é o coração do caminho da Confraria da Mente: não lutar contra a mente, mas aprender a conviver com ela de forma lúcida, leve e profunda.



Um convite


Se você já tentou “calar a mente” e se frustrou, recomendo assistir ao vídeo completo:


 


E, se deseja compreender como esse mesmo mecanismo acontece com as emoções, veja também o vídeo:




Juntos, eles mostram como pensamentos e emoções, embora diferentes na forma, seguem a mesma lógica: não são inimigos a serem eliminados, mas fenômenos a serem compreendidos e observados.


 Encerramento


 Paz não é calar a mente.

Paz é descobrir que você não é o barulho da mente.


Quando confundimos pensamentos com identidade, vivemos à mercê deles. Quando aprendemos a observá-los, sem lutar nem fugir, nasce uma clareza tranquila que nenhuma técnica artificial pode produzir.


Esse é o ponto silencioso dentro de nós que permanece mesmo quando a mente fala.

E é nele que a liberdade floresce.






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