É verdade que o Yoga acalma. Que relaxa. Que alonga. Que reduz o estresse. Mas isso é só a superfície. Quem permanece no caminho começa a notar que o Yoga não apenas cuida de si — ele revela quem somos.

Ao praticar Yoga com constância, algo curioso acontece: Começamos a lembrar quem somos. Mas não com palavras. Com sensação. Sentimos onde bloqueamos. Onde apertamos o peito para evitar o choro. Onde encolhemos para não incomodar.

Vivemos identificados com uma coleção de pensamentos: Sou isso. Não sou aquilo. Tenho esse limite. Preciso daquela aprovação. Funciono assim.

A Universidade de Oslo, por meio de uma pesquisa liderada por Hölzel et al. (2016), observou que práticas de Yoga regulares aumentam a conectividade funcional entre regiões cerebrais associadas à consciência corporal e à empatia.

Um diamante continua sendo valioso mesmo dentro da terra. Assim também é a autoestima: ela existe, mesmo quando está coberta de dúvidas, traumas ou esquecimentos. O que o Yoga faz é retirar essas camadas, suavemente. Não para criar algo novo, mas para revelar o que já estava ali.

Vivemos tempos em que tudo precisa de uma justificativa rápida. Praticamos Yoga “para alongar”, “para aliviar o estresse”, “para dormir melhor”, “para ganhar presença”.