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Instituto Ísvara/ Andrés De Nuccio

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O lugar secreto entre vitórias e personagens: quando nenhuma conquista externa nem papel desempenhado é capaz de sustentar a paz interior

  • 3 de out.
  • 4 min de leitura


Prevenção emocional: como evitar o colapso antes que ele aconteça


A independência emocional e as conquistas que você pode passar a reconhecer


De fora, parece que tudo está em ordem. Uma vida repleta de conquistas, papéis bem desempenhados, respeito conquistado. Mas, por dentro, algo insiste em permanecer deslocado - como se o silêncio depois de uma vitória ecoasse mais alto do que os aplausos, e como se a máscara dos papéis não revelasse, mas escondesse o rosto verdadeiro.


Há quem chegue a esse ponto com certo espanto: “Conquistei o que queria, cumpri os papéis esperados… por que a paz ainda não veio?” A pergunta é legítima, e mais comum do que se imagina.


Este texto é sobre esse espaço invisível: o lugar secreto entre vitórias e personagens. Esse intervalo em que percebemos que nenhuma conquista externa nem papel desempenhado é capaz de sustentar a paz interior.



O vazio após a vitória


 Quem já experimentou a alegria da conquista sabe: ela existe, mas dura pouco. A aprovação no exame, o título alcançado, o cargo conquistado, a viagem realizada. O entusiasmo inicial é real, mas logo cede lugar a uma sensação estranha: um vazio que parece não combinar com o momento.


Não se trata de ingratidão. Trata-se de um funcionamento invisível da mente: ela é treinada para projetar no futuro a promessa de descanso. “Quando eu chegar lá, vou finalmente estar em paz.” Mas, quando “lá” se torna “aqui”, a promessa se dissolve.


Esse vazio após a vitória foi tema de um dos vídeos recentes que publiquei no meu canal do YouTube: “Por que conquistas não trazem a PAZ que você espera?”. Nele te falo mais sobre independência emocional e reconhecimento das conquistas.




No vídeo, mostro como esse mecanismo psicológico atua e por que nos sentimos assim. Se você já se reconheceu nesse ciclo, recomendo assistir.


O peso dos personagens


 O outro lado da moeda é igualmente silencioso: a identificação com papéis. Sustentar a imagem de alguém confiável, produtivo, equilibrado, espiritualmente avançado. Por fora, tudo parece coerente. Por dentro, o cansaço se acumula.


Quando acreditamos que somos apenas o papel que desempenhamos, esquecemos o humano real - frágil, vivo, imperfeito. A máscara se cola ao rosto, e já não sabemos distinguir onde termina o personagem e começa a pessoa.


Essa confusão também foi abordada em outro vídeo: A EXAUSTÃO invisível de acreditar que você é o papel




Embora o título seja semelhante, o foco é outro: a prisão de viver confundido com os personagens que sustentamos.


A raiz comum: dependência emocional


Embora pareçam experiências distintas - o vazio após conquistas e o cansaço de sustentar papéis - ambos têm a mesma raiz: a dependência emocional.


Dependência emocional não é apenas precisar de alguém. É estar refém das circunstâncias externas para sentir paz. É acreditar que só depois da próxima vitória ou da próxima validação será possível descansar.


É por isso que, mesmo depois de tantas conquistas, a paz não permanece. É por isso que, mesmo sustentando com sucesso todos os papéis, o descanso interior não chega.


A dependência emocional é sofisticada: não se revela facilmente. Por isso, confundimos sua ausência com um defeito pessoal: “estou sendo ingrato”, “estou falhando”, “não sei aproveitar”. Mas não é falha: é condicionamento.


O erro de buscar mais do mesmo


A mente tende a responder a esse vazio com mais do mesmo: mais conquistas, mais papéis, mais reconhecimento. Mas essa lógica é como tentar saciar sede bebendo água salgada. Quanto mais se busca fora, mais cresce a sensação de falta.


A saída não está em rejeitar conquistas ou abandonar papéis. Eles fazem parte da vida, são importantes. O ponto é outro: descobrir que nenhum deles pode ser a fonte última da paz.


A independência emocional


Existe uma liberdade silenciosa que nasce quando descobrimos que a paz não precisa de justificativa. Essa liberdade se chama independência emocional: a capacidade de sentir sem ser arrastado, de agir sem ser escravizado pelo resultado, de descansar em si mesmo mesmo quando tudo ao redor está incerto.


Independência emocional não é indiferença. É intensidade lúcida: viver cada experiência plenamente, mas sem se confundir com ela. É participar do jogo do mundo sem esquecer que existe algo maior sustentando cada jogada.


Esse é o coração do caminho que proponho na Confraria da Mente: um processo gradual de clareza, prática e constância, que devolve à vida um eixo que não depende de vitórias nem de papéis.


O convite Se você já experimentou o vazio após conquistas, assista ao vídeo 01 que deixei neste artigo : “Por que conquistas não trazem a PAZ que você espera?”.


Se já se sentiu preso aos papéis que sustenta, recomendo o vídeo complementar: “A exaustão invisível de acreditar que você é o papel."


Ambos exploram aspectos diferentes do mesmo dilema e podem ajudar a reconhecer em que ponto desse labirinto você se encontra.


No fundo...


No fundo, o que buscamos não é apenas vencer ou desempenhar, mas repousar em nós mesmos. As vitórias e os papéis fazem parte da jornada, mas não são o destino. O destino é reencontrar o lugar secreto onde paz, clareza e força não dependem de circunstâncias.

Esse lugar não está fora, nem no olhar dos outros. Ele está em você, aguardando ser redescoberto.




Conheça mais sobre a Confraria da Mente





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