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A Cilada do Buscador. O Ego: por que a busca espiritual pode virar armadilha

  • 15 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de set.

A busca espiritual pode começar com sinceridade e gerar experiências transformadoras — mas, em certo ponto, pode se tornar um obstáculo.

O ego do buscador cria uma identidade baseada na busca e impede o reconhecimento do que já está presente: o Ser. Neste artigo, exploramos como essa armadilha sutil se manifesta e como superá-la com lucidez.



 Cansaço Invisível de Viver em Desacordo Consigo.
Descubra como reconhecer o Ser além do ego do buscador e encontrar paz sem esforço.


A cilada do ego do buscador: quando a busca espiritual vira obstáculo


“Enquanto buscarmos o Ser como algo a ser alcançado, deixamos de reconhecê-lo como aquilo que já somos.”


Você já percorreu um longo caminho.

Retiros, práticas, livros, insights.

Momentos de presença real, vivências profundas, lágrimas de entendimento.

E ainda assim… o chão não parece firme.

A paz é intensa — mas passageira. A clareza vem — e se vai.

E, quando tudo passa, o velho incômodo volta:

“Por que, com tanto esforço, ainda não cheguei lá?”


Esse é o ponto onde muitos se perdem — o ponto onde o buscador se torna a armadilha.



Quando a busca se torna identidade


A experiência espiritual pode ser transformadora.

Ela nos tira do automático. Quebra paradigmas. Amplia a percepção.

Mas, se não for compreendida em profundidade, gera uma ilusão ainda mais sutil:

a de que a libertação é um estado a ser alcançado no futuro, através de práticas, experiências ou merecimento.


A mente constrói então uma nova narrativa:

“Estou progredindo.”

“Um dia vou chegar lá.”

“Preciso me purificar, me preparar, me aperfeiçoar…”


Mas esse futuro não chega.

E não é porque há algo errado com você

É porque o que você busca não está no tempo. Está no ser.



O “vir a ser” como resistência ao Ser


A ideia de que ainda falta algo, de que precisamos nos tornar alguém melhor, pode ser motivadora — mas também enganosa.

Porque mantém o foco na transformação da personalidade, quando o que se busca é o reconhecimento daquilo que nunca nasceu nem vai morrer: o Ser, o Atman, o Observador.


Só que esse reconhecimento exige uma renúncia:

a renúncia ao papel do buscador.

E isso é mais difícil do que parece.


O buscador teme desaparecer.

Pois reconhecer o Ser como realidade última exige olhar para a própria "nadidade":

a constatação de que os papéis, os conceitos, as emoções, os estados — tudo isso é transitório.

E que, no fundo, não há nada a construir — apenas algo a ser reconhecido.


Mas reconhecer isso é um abalo na estrutura do ego.

Por isso, ele prefere continuar buscando.

Busca uma nova prática, uma nova experiência, uma nova emoção, um novo mestre.

Porque, enquanto busca, o buscador sobrevive.



A diferença entre experiência e conhecimento


Toda experiência acontece no tempo.

Começa, tem um clímax e termina.

Mesmo a mais intensa sensação de expansão vai desaparecer.

Mesmo o mais profundo estado de paz será seguido por outros estados.


O conhecimento, ao contrário, não termina.

Uma vez reconhecido o Ser — aquilo que observa todas as experiências — esse reconhecimento permanece.

Mesmo que emoções venham e vão. Mesmo que o corpo envelheça. Mesmo que a mente flutue.


Por isso, a busca precisa ceder lugar ao reconhecimento.

Ao invés de perguntar “como me tornar alguém melhor?”, talvez a pergunta mais transformadora seja:

“Quem é esse que está buscando se tornar melhor?”


Quando o buscador silencia


Não se trata de negar as práticas, nem de desprezar o caminho percorrido.

Todas as buscas foram necessárias para chegar até aqui.

Mas agora, talvez seja hora de outro movimento:

o de parar.

O de investigar.

O de repousar.


Porque a verdade que buscamos não será encontrada no próximo retiro.

Ela está presente agora, no centro da consciência, antes mesmo da pergunta surgir.


Esse é o ponto onde a Confraria da Mente se diferencia:

a prática continua, o estudo prossegue, mas o foco já não está no acúmulo de experiências — está no amadurecimento do reconhecimento.

Na transição do buscador para o Ser.


“A liberdade não é algo a conquistar.

É o que permanece quando cessamos de fugir do que somos.”


Você já buscou o bastante.

Agora, talvez, seja hora de encontrar.



Andrés De Nuccio



Boas vindas à Confraria da Mente


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