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Instituto Ísvara/ Andrés De Nuccio

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Como meditar mesmo com a vida agitada

  • 28 de jul.
  • 3 min de leitura

Entre uma notificação e outra, entre uma tarefa e a próxima, entre o barulho externo e o turbilhão interno — surge a pergunta: como meditar mesmo com a vida agitada? Num mundo que acelera sem parar, a própria ideia de sentar em silêncio parece, para muitos, uma utopia reservada a monges ou aposentados.


Mas… e se for justamente o contrário?

Andrés De Nuccio
A prática não exige perfeição. Exige apenas um gesto: o de estar, de fato, onde você está.



Como meditar mesmo com a vida agitada. A ilusão da vida calma como pré-requisito


Existe uma fantasia difundida — sutil, mas persistente — de que para começar a meditar é preciso primeiro organizar a vida. Como se a meditação só fizesse sentido quando o mundo já estivesse em ordem, a casa em silêncio, a agenda vazia, e a mente disposta.


Mas a meditação não foi criada para um mundo ideal. Ela nasceu — e floresceu — em meio à realidade.


Historicamente, a prática se consolidou não entre pessoas isoladas do cotidiano, mas entre aquelas que também enfrentavam responsabilidades, desafios, medos, perdas, alegrias e frustrações. Meditar, nesse contexto, não é um prêmio pela tranquilidade conquistada — é um caminho que nos ensina a não depender dela..


Meditação como resistência lúcida


Meditar no caos não é um ato inferior ao que acontece nos mosteiros.

É, muitas vezes, mais difícil — e por isso mesmo, mais valioso.


A prática torna-se um gesto de resistência interior:

resistir à pressa,

resistir à dispersão,

resistir à ideia de que é preciso estar calmo para começar.


Basta querer começar.

E isso pode acontecer em qualquer lugar:

num ônibus, numa pausa entre compromissos, em pé na cozinha ou sentado na beirada da cama antes de dormir.


Silêncio não é ausência de som — é ausência de fuga


 Talvez nunca haja o “momento perfeito”.

Mas sempre existe um momento possível.


O silêncio que buscamos na meditação não é externo. Não depende da vizinhança, do trânsito ou das condições ideais.

É um silêncio interno — feito de presença.

De alguém que, mesmo ouvindo o caos, escolhe não se perder nele.


Essa presença pode durar cinco segundos.

Pode acontecer entre uma inspiração e outra.

Mas quando verdadeira… transforma..


O perigo de esperar demais para começar


 Postergar a meditação esperando uma vida mais calma é como recusar água porque o copo não é bonito.


É possível — e legítimo — começar agora, exatamente como você está. Desorganizado, cansado, sem um lugar ideal, sem uma postura perfeita.


A prática não exige perfeição.

Exige apenas um gesto: o de estar, de fato, onde você está.


Aos poucos, essa permanência muda a forma como você habita o seu cotidiano. Você começa a perceber que não precisa escapar da vida para encontrar paz — precisa apenas escutá-la por dentro.


Meditar em fragmentos: o sutil poder dos pequenos gestos


 Uma prática não precisa ser longa para ser profunda.

Nem precisa acontecer todo dia no mesmo horário para funcionar.


Talvez, neste momento da vida, você só consiga parar por três minutos.

Tudo bem.

Se esses três minutos forem verdadeiros, têm o poder de abrir uma clareira no meio da floresta.


Talvez sua mente esteja barulhenta, e seu corpo inquieto.

Tudo bem.

Se houver uma única respiração feita com consciência, isso já é meditação.


Não se trata de fazer da meditação mais uma cobrança.

Mas de torná-la um abrigo possível — dentro da vida real.


A prática como gesto cotidiano — não como evento especial


Quanto mais enxergamos a meditação como um evento sagrado e separado do cotidiano, mais ela se torna distante.

Quanto mais a vemos como um gesto humano, simples, imperfeito… mais ela se integra à vida.


E isso muda tudo.


Meditar depois de lavar a louça.

Ou antes de uma conversa difícil.

Ou durante o banho.

Ou logo após um choro.


São nesses instantes que a prática começa a deixar de ser técnica… e passa a ser sabedoria encarnada.


Um caminho possível, mesmo em meio ao caos


 Se a sua vida está agitada, se a rotina escapa do controle, se os horários não encaixam — talvez agora seja exatamente o momento de começar.


Não para virar alguém iluminado,

mas para reencontrar, pouco a pouco, o próprio centro.


Não para mudar tudo do lado de fora,

mas para mudar a forma como se habita tudo isso.


Meditação não é a arte de fugir da vida.

É a arte de estar nela — inteiro.

Mesmo quando nada parece calmo.



Andrés De Nuccio







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