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A paz que você procura não virá da próxima experiência — e isso é libertador... Como encontrar a verdadeira paz além das experiências.

  • 8 de ago.
  • 4 min de leitura

Atualizado: há 5 dias

Neste artigo, você vai entender como encontrar a verdadeira paz — aquela que não depende de experiências externas, mas de autoconhecimento e clareza interior.



como responder ao invés de reagir
O erro não está na busca. Está no paradigma que sustenta a busca.


A paz que você procura não virá da próxima experiência — e isso é libertador


“Você percorreu o mundo em busca de um repouso que só pode ser encontrado em si mesmo.” — Sêneca


Há um tipo de busca que parece nobre — mas carrega dentro de si o mesmo erro de todas as outras.


É a busca pela paz.


Gente sincera, comprometida, estudiosa, percorre caminhos espirituais, participa de retiros, estuda tradições, pratica meditação, faz peregrinações, mergulha em vivências emocionantes.


Mas, ao final, sente-se da mesma forma: inquieta.

Ou mais do que antes — porque agora tem consciência da inquietude.


A paz que tanto se persegue parece uma miragem:

sempre visível, sempre adiante… nunca alcançável.


Por que isso acontece?


O erro invisível do buscador sincero


O erro não está na busca.

Está no paradigma que sustenta a busca.


Sem perceber, continuamos aplicando à espiritualidade a mesma lógica que usamos para buscar prazer e sucesso no mundo:


Se eu fizer bastante…

Se eu descobrir o certo…

Se eu experimentar o bastante…

Então vou me sentir em paz.


Mas a paz não é resultado de uma sequência de ações.

Não é um prêmio por esforço acumulado.


Tudo que é conquistado por ações é temporário.

A ação é limitada no tempo, no espaço, nas condições.

E seus frutos compartilham dessa mesma limitação.


Se a paz que você sente veio de uma experiência específica, então ela vai embora quando a experiência acabar.


E o ciclo recomeça:

mais um curso, mais um mestre, mais um retiro, mais uma técnica.


O que é — e o que não é — a verdadeira paz?


É essencial fazer distinções.

A confusão começa quando chamamos de “paz” aquilo que não é paz — mas apenas uma trégua.


Paz não é euforia. É estabilidade.

Paz não é anestesia. É lucidez.

Paz não é ausência de conflito. É presença que não se dissolve mesmo em meio ao caos.


A verdadeira paz não depende de estímulo.

Não exige silêncio externo, nem condições especiais.

Ela nasce do conhecimento de si.


Swami Dayananda dizia:

“A paz não está no que você alcança. Ela é o que você é, quando se conhece.”


Três armadilhas espirituais que nos afastam da paz real


1. Confundir pico emocional com transformação


Uma vivência intensa pode produzir alívio, alegria, abertura.

Mas isso não é paz — é reação química emocional.

É como uma fogueira bonita numa noite fria: aquece, mas não permanece.


Joe Dispenza alerta:

“O cérebro viciado em química emocional não distingue crescimento de excitação.”


Quando confundimos estímulo com expansão, nos tornamos dependentes. Ficamos viciados em “sentir algo novo”, sem nunca integrar aquilo que já foi sentido.


2. Buscar experiências como solução definitiva


As experiências são importantes.

Mas não resolvem por si só.

Elas podem provocar rupturas, ampliar horizontes, desafiar certezas.

Mas não instalam o discernimento.


O discernimento nasce de uma investigação cuidadosa, profunda, dirigida.

Nasce do conhecimento — e não da experiência.


Experiências são o material bruto.

O conhecimento é o fio condutor que organiza, integra, decanta.


3. Buscar paz como fuga da dor


Muitas pessoas querem paz para não sentir.

Para não sofrer, não enfrentar, não encarar o que está dentro.


Mas a paz verdadeira não se opõe à dor.

Ela convive com ela, sem se dissolver.

Ela não depende da ausência do desconforto — mas da ausência de resistência.


Chagdud Tulku Rinpoche dizia:


“A dor é inevitável. O sofrimento surge quando nos recusamos a sentir plenamente a experiência.”


A mudança de paradigma: da experiência para o conhecimento


O que procuramos, no fundo, é algo que não se alterne.

Queremos um estado que não desapareça com o tempo, nem com as mudanças da vida.


Essa solidez só pode ser oferecida pelo conhecimento de algo que não muda.

E a única coisa em você que não muda… é aquilo que observa tudo o que muda.


A mente, o corpo, os desejos, as emoções, as experiências… tudo isso flutua.


Mas há algo em você que está sempre presente.

Esse centro silencioso, essa presença que observa — essa é sua natureza.

E conhecê-la é o que liberta.


Então… como se aproxima da verdadeira paz? Como encontrar a verdadeira paz que não se abala com as circunstâncias


Abaixo, alguns movimentos que não produzem a paz — mas removem o ruído que impede que você a reconheça.


1. Reconheça a limitação das experiências


A experiência tem valor.

Mas é apenas um convite.

O que transforma é o entendimento.

Não fuja da reflexão. Não busque anestesia. Use a experiência como trampolim para o discernimento.


2. Escolha o conhecimento como caminho


Um ensinamento estruturado, que leve à compreensão clara da realidade, transforma sua visão — e não apenas seus sentimentos.


Essa transformação é mais lenta.

Menos intensa.

Mas é estável. Duradoura. Irreversível.


3. Pratique a permanência, não a novidade


A mente adora variedade.

Mas a alma precisa de continuidade.

Permanecer num caminho, mesmo quando não há estímulo emocional, é um gesto de maturidade espiritual.


Como dizia Yogananda:

“O sucesso espiritual vem mais da regularidade do que da intensidade.”


“A paz é a sua natureza real. Você não precisa alcançá-la — apenas remover aquilo que a encobre.” — Ramana Maharshi


A paz que você busca não está em uma nova experiência.

Ela está no fim da ilusão de que algo precisa ser adicionado.


Ela não surge do esforço — mas da clareza.

Não depende de emoções — depende de visão.

E essa visão é possível. É ensinável. É transmissível.


Talvez por isso eu tenha fundado a Confraria da Mente:

para criar um lugar onde a busca por experiências cede espaço ao caminho do conhecimento que não se desfaz.



Andrés De Nuccio



Boas vindas à Confraria da Mente


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