Antes da mudança, existe um silêncio
- Andrês De Nuccio
- 28 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de abr.

Antes da mudança, existe um silêncio
Você já percebeu que há um intervalo entre saber e viver?
Um espaço sem palavras, onde algo dentro de você parece observar — sem fazer nada.
Sem exigir. Apenas observa.
É nesse intervalo que a verdadeira transformação começa.
Nem sempre é rápido. Nem sempre é claro.
Às vezes, parece que estamos parados.
Mas por dentro… alguma coisa está se reorganizando.
Esse intervalo é o que vem depois de compreender, mas antes de agir diferente.
É o lugar onde a mente antiga começa a perder força — e a nova forma de ver ainda não ganhou raízes.
É uma terra fértil.
Mas exige silêncio.

Muita gente se angustia nesse lugar. Quer logo aplicar, mudar, fazer diferente.
Mas essa pressa é da mente de sempre — aquela que mede tudo em termos de conquista, produtividade, resultado.
Mas o que se transforma de verdade, não nasce por cobrança.
Nasce por saturação. Por presença.
Por um silêncio que se mantém por tempo suficiente até se tornar gestação.
Esse espaço é desconfortável.
Não estamos acostumados a não saber o que fazer.
Mas existe uma potência ali: a chance de não repetir o antigo, sem ainda precisar saber exatamente o novo.
É um intervalo de dignidade.
De escuta.
De confiança.
A sabedoria oriental chama isso de "o intervalo entre dois pensamentos".
Os místicos chamam de "noite escura".
Os neurocientistas talvez falassem em neuroplasticidade silenciosa.
Não importa o nome. Importa a entrega.
Se você está nesse momento em que:
• Já entendeu muita coisa
• Já percebeu seus padrões
• Já não acredita mais nas histórias da mente
• Mas ainda não sente firmeza para viver diferente…
Não ache que há algo errado com você.
Talvez você só esteja no intervalo.
Na travessia. No espaço entre o velho e o novo.
Ali, você não precisa correr. Precisa apenas continuar presente.
Sem se julgar.
Sem buscar atalhos.
Sem se distrair demais — mas também sem exigir demais.
Há um momento em que a mente cede.
Em que a entrega vira eixo.
E a ação brota limpa — como um gesto inevitável..
Mas até lá, cultivar esse silêncio é o maior ato de coragem que existe.
Não é passividade. É escuta ativa. É presença generosa.
É o berço de todas as mudanças profundas.
Talvez você esteja exatamente nesse ponto.
Se estiver… não fuja dele.
Não tente transformar em tarefa o que ainda é solo.
Só fique.
Respire.
Observe.
Algo já está mudando.
Mesmo que em silêncio.

Se esse texto ressoou com algo em você…
Acompanhe este blog, vou te mostrar como funciona esse caminho.
E como você pode caminhar junto.
Porque saber não basta.
Mas viver o que se sabe… muda tudo.
Grande Abraço,
Andrés
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