Vitalidade é presença — não juventude
- 16 de jul.
- 3 min de leitura

Vitalidade é presença — não juventude
O corpo muda. A presença, não.
Há uma força que não se mede por passos nem aparece em exames.
É uma chama discreta — constante, ainda que às vezes quase apagada.
Alguns a confundem com disposição. Outros, com energia física.
Mas o nome mais fiel talvez seja este: vitalidade.
Ela não pertence aos jovens.
Habita quem está presente.
Vitalidade não é barulho, nem excesso de estímulo. Vitalidade é presença.
É o brilho que retorna ao olhar depois de um tempo nublado.
É a vontade suave de viver com mais verdade.
Com mais leveza. Com mais profundidade.
O corpo muda. Mas nem tudo o que muda se perde.
Com o tempo, o corpo abranda.
Os gestos pedem pausa. O sono escolhe seus momentos
. Há dias em que a força hesita. E isso, para muitos, soa como decadência.
Mas talvez não seja o fim de nada.
Talvez seja o começo de outro modo de estar.
A filosofia do Yoga nunca viu o corpo como um obstáculo
. Viu como um espelho.
Como um aliado que sussurra — quando há escuta.
É quando deixamos de ouvir que a vitalidade parece fugir.
Mas ela não se apaga.
Ela apenas se recolhe.
À espera de um gesto que diga, sem palavras: “Estou aqui.”
Quando o cansaço não se explica — e não passa
Há um tipo de exaustão que não aparece nos laudos.
O sono vem, mas não restaura.
O descanso chega, mas não preenche.
É como estar sempre ligado, mesmo sem fazer nada demais.
A ciência já tem nome para isso: hiperativação crônica do sistema nervoso.
O corpo permanece em estado de alerta, mesmo quando tudo, por fora, parece calmo.
Como se o alarme interno tivesse esquecido como se desligar.
E é aqui que o Yoga revela sua potência.
Não como “exercício para manter a forma”.
Mas como forma de reencontrar o eixo.
De ensinar ao corpo o caminho de volta para si.
Yoga: reencontro com o corpo — tal como ele é
Tudo começa com um gesto simples:
mover o corpo com respeito.
Não há exigência de perfeição.
Há presença.
O corpo se move — e algo, por dentro, repousa.
A respiração aprofunda — e a mente silencia seus excessos.
As posturas criam intervalos na rotina automática.
E nesses intervalos, a energia volta a circular.
Esse é o Yoga dos Círculos.
Um Yoga que cabe na vida real.
Sem metas inalcançáveis. Sem rigidez.
Mas com a firmeza de quem oferece um caminho possível.
Um caminho onde se pode pausar, recomeçar, continuar.
Vitalidade também mora no ritmo da maturidade
Jung dizia: a segunda metade da vida não é repetição da primeira.
Ela traz outras perguntas.
Outros chamados.
E talvez só dê para ouvi-los quando a pressa se cala.
Vitalidade, nesse tempo, não é correr mais.
É saber parar.
É reconhecer o que alimenta — e deixar ir o que dispersa.
É estar inteiro, mesmo no gesto mais simples.
Às vezes, esse ânimo parece distante.
Mas ele não partiu.
Só espera por espaço, acolhimento, solo fértil.
E é isso que o Yoga oferece.
Não como obrigação.
Mas como gesto silencioso de reencontro.
Uma prática que diz, sem dizer:
“Seu corpo ainda é casa. Sua vida ainda pulsa. Você ainda está aqui.”
Andrés De Nuccio
“Descubra como o yoga restaura brilho interior”
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