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Diferença entre meditação e mindfulness: presença não é tudo igual.

  • 19 de jul.
  • 3 min de leitura

Andrés De Nuccio
Entenda a diferença entre meditação e mindfulness, e descubra como cada prática atua de forma distinta na mente, no corpo e na consciência.

Compreender a diferença entre meditação e mindfulness é mais do que uma questão semântica



É cada vez mais comum ouvir os termos meditação e mindfulness usados como sinônimos, mas tem diferença. Em vídeos, entrevistas, livros e conversas cotidianas, essa confusão se espalha com a suavidade de quem acredita estar falando da mesma coisa. Afinal, ambas as práticas envolvem atenção, respiração, presença. Ambas prometem benefícios semelhantes: menos ansiedade, mais clareza, redução do estresse.


Mas apesar das semelhanças, há entre elas uma diferença essencial entre meditação e mindfulness — e compreendê-la muda tudo. Porque o modo como nos aproximamos de uma prática define o que extraímos dela. E o que buscamos pode ser confundido se não soubermos exatamente o que estamos trilhando.


 Mindfulness: uma prática laica, objetiva e voltada ao cotidiano


 Mindfulness, ou atenção plena, é uma adaptação ocidental de uma das dimensões da meditação tradicional. Ela foi cuidadosamente descolada de contextos espirituais, sistematizada em programas terapêuticos e estudada por universidades. Seu foco está na experiência presente, na consciência sem julgamento, no cultivo da atenção direcionada às sensações, aos pensamentos e aos sentimentos.


Trata-se de um método objetivo, com começo, meio e fim, frequentemente utilizado como ferramenta de gestão emocional e autocuidado. É aplicado em clínicas, escolas, empresas, presídios. É uma prática acessível, segura, prática — e para muitos, uma primeira ponte possível entre a mente acelerada e o corpo presente.


Meditação: uma tradição que aponta para dentro — e além


A meditação, no sentido mais amplo e profundo, é um conjunto de caminhos. Ela surge em diversas culturas milenares — Índia, Tibete, China, Japão — e assume formas distintas em cada tradição. Há meditação com mantras, com visualizações, com foco no corpo, com perguntas contemplativas. Há técnicas devocionais, técnicas introspectivas, técnicas de dissolução do ego.


Mas, em essência, a meditação é uma via de transformação interna. Ela não se limita à atenção plena. Ela a inclui — mas vai além. Porque não basta estar atento: é preciso saber o que fazer com o que se vê. A meditação oferece não só presença, mas discernimento. Não só foco, mas enraizamento. Ela não se contenta em observar — ela convida a transmutar.


Enquanto o mindfulness organiza, a meditação transforma


Essa diferença pode parecer sutil, mas tem implicações profundas. O mindfulness ajuda a cultivar estabilidade mental. A meditação, quando aprofundada, questiona a própria estrutura da mente. O mindfulness ensina a escutar com atenção. A meditação ensina a não se identificar com a voz que fala por dentro. Ambas são valiosas.


Ambas podem ser praticadas com seriedade e trazer frutos. Mas há algo que a meditação guarda, e que o mindfulness, em sua versão terapêutica, não pretende acessar: o silêncio que não é ausência de som, mas presença sem forma. Um lugar interno que não se define por técnicas, mas por um tipo de percepção que não se limita ao pensamento.


Por que essa distinção importa?


Porque quem confunde as duas pode se frustrar. Pode acreditar que “já meditou” por ter feito um exercício de mindfulness. Pode esperar que cinco minutos de atenção plena dissolvam os padrões mais antigos da mente. Pode sentir que “não está avançando” sem saber que nem sequer começou a prática meditativa em sua profundidade real.


Por isso, antes de começar, é bom saber: mindfulness é um excelente ponto de partida. Mas a meditação — quando bem ensinada, bem praticada, bem compreendida — pode ser um ponto de virada. Ela não só ensina a respirar com consciência. Ela ensina a habitar a consciência com outra respiração.


No fim, não se trata de escolher entre uma ou outra. Mas de saber onde se está, o que se busca, e até onde se deseja ir. Porque para quem busca um caminho de verdade, presença não é tudo igual. E saber disso… já é um primeiro passo rumo à lucidez.



Andrés De Nuccio






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