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Benefícios da meditação para quem faz terapia
- 29 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de ago.
Muitas pessoas iniciam a psicoterapia buscando compreender melhor a si mesmas, aliviar dores emocionais ou reorganizar partes internas que parecem confusas. O que nem todas sabem é que os benefícios da meditação para quem faz terapia podem ser profundos — e até acelerar esse processo.
Meditar não substitui a terapia.
Mas aprofunda.
Amplia.
Silencia o ruído entre uma sessão e outra.
E abre espaço para que o que foi visto em palavras se revele também no corpo, no sentir e na experiência direta.
Benefícios da meditação para quem faz terapia. A terapia como linguagem. A meditação como escuta.
A psicoterapia — nas suas diferentes abordagens — oferece uma linguagem.
Uma estrutura para compreender a própria história, revisar crenças, identificar padrões.
Já a meditação oferece um campo de escuta.
Ela não precisa explicar.
Ela observa.
Enquanto a terapia ajuda a nomear, a meditação ajuda a sentir sem precisar fugir. E essa combinação é poderosa.
Menos reatividade. Mais presença entre as sessões.
É comum que muitos insights surjam durante a sessão — mas se dissolvam na pressa do cotidiano.
Com a meditação, esses mesmos conteúdos encontram um espaço de sedimentação.
A mente reativa começa a ceder lugar à mente observadora.
O intervalo entre o impulso e a ação se amplia.
As emoções deixam de ser atropelos inevitáveis… e se tornam sinais compreensíveis.
Meditar permite que o que foi elaborado em consultório continue sendo integrado fora dele.
Um solo mais fértil para a transformação acontecer
A transformação emocional não acontece apenas por entender algo racionalmente.
Ela precisa de repetição, tempo, cuidado.
Precisa de espaço.
A prática meditativa funciona como esse solo fértil.
Ela reduz a agitação basal do sistema nervoso, permite maior autorregulação emocional e aumenta a tolerância à frustração.
Ou seja: ela prepara a mente para poder lidar com aquilo que a terapia traz à tona.
Meditar não é calar a dor — é aprender a escutá-la
Muitos medos vêm do que não conseguimos encarar.
Do que evitamos sentir.
Do que ignoramos por tempo demais.
Na terapia, começamos a dar nome a isso.
Na meditação, começamos a acolher.
E aos poucos, o que antes parecia intransponível se torna menos assustador.
Não por mágica — mas por convivência.
Meditação é convivência profunda consigo.
Mesmo com o que incomoda.
Sobretudo com o que incomoda.
Dois caminhos, uma mesma direção
Meditação e terapia não são concorrentes.
São complementares.
A meditação não exige que você “resolva” nada.
Ela apenas permite que você esteja consigo, com honestidade, sem distração.
E isso, para quem está em terapia, é um recurso inestimável.
Porque ao invés de falar sobre si, você começa também a habitar-se.
E quanto mais inteiro se habita… mais verdadeiros se tornam os caminhos de mudança.
Começar com o que é possível
Você não precisa ser um meditador avançado para sentir os efeitos.
Nem precisa meditar horas por dia.
Mesmo 5 minutos de presença já criam ondulações.
Mesmo uma prática simples — como focar na respiração ou no som ambiente — já começa a mudar o padrão interno.
O importante não é fazer muito.
É fazer com verdade.
Com entrega.
Se você já está em terapia, talvez a meditação seja o complemento que faltava. Não para apressar o processo.
Mas para torná-lo mais inteiro, mais encarnado, mais profundo.
Andrés De Nuccio
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