Quando falta silêncio, sobra ruído, ruído interno mental — e isso muda você
- Andrês De Nuccio
- há 4 dias
- 2 min de leitura
Atualizado: há 26 minutos

Quando falta silêncio, sobra ruído interno mental — e isso muda você
O barulho constante da mente não apenas rouba a paz. Ele altera a percepção e intoxica o ser.
Quase ninguém fala disso.
Mas o barulho que você ouve o tempo todo,
não o que vem de fora, mas o que pulsa por dentro,
esse ruído molda quem você se torna.
Não é apenas incômodo.
Nem só distração.
É intoxicação.
Sim, intoxicação emocional, cognitiva, sensorial.
Porque quanto mais barulho se acumula dentro, menos clareza se encontra fora.
Menos escuta real.
Menos presença.
Menos discernimento.
Você pode não perceber...
Mas há uma diferença radical entre estar ativo… e estar presente.
Entre funcionar… e realmente viver.
O ruído mental, aquele que muitos já chamam de “vida normal”, nos mantém ocupados, mas desconectados.
Reativos, mas ausentes.
Cansados, mesmo sem esforço físico real.
Pessoas intoxicadas pelo ruído interno:
Confundem urgência com importância
Respondem no impulso, sem escolha real
Perdem nuances emocionais
Vivem em modo automático
Sentem exaustão mesmo em dias vazios
Isso não é detalhe.
É o início de uma desconexão profunda.
Com os outros.
Com o mundo.
E, sobretudo, consigo mesmo.
Muitos tentam resolver com um descanso.
Um feriado, uma tarde tranquila, uma ida à natureza.
Ajuda.
Mas não transforma.
Porque o ruído é interno, é mental, não vem só de fora.
Ele foi absorvido.
Incorporado ao ritmo, aos hábitos, à forma de pensar.
Está no jeito como você se relaciona com os próprios pensamentos.
No modo como consome o tempo.
Na dificuldade de parar — mesmo quando há silêncio ao redor.
E não há descanso que desintoxique o que já virou padrão.
Para isso, é preciso outro tipo de movimento.
Mais lúcido.
Mais constante.
Mais profundo.
Um gesto de retorno ao centro.
Com presença.
Com método.
Com discernimento.
Não para fugir do mundo.
Mas para reaprender a habitá-lo — com inteireza.
Esse gesto tem nome: prática interior.
Quando ela se torna real — não idealizada — quando é feita com regularidade, orientação, cuidado… ela não apenas acalma.
Ela refina.
Ela limpa.
Ela reorganiza.
Ela devolve à mente aquilo que há muito se perdeu:
clareza.
Você não precisa aceitar como normal o que só virou comum.
A ausência de silêncio tem um custo.
E quanto antes você perceber,
mais cedo pode reencontrar o que talvez nem soubesse que havia perdido:
a lucidez serena de quem está, enfim, por inteiro em si.
Andrés De Nuccio
Clique no botão para saber mais sobre o Curso Completo de Meditação (CCM)
Conheça Andrés De Nuccio, professor e psicólogo, com mais de 40 anos de experiência em Meditação.
Comments