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Dificuldade em manter a prática de meditação? Talvez o problema esteja no modo como você começou
- 17 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de ago.
Se você tem dificuldade em manter a prática de meditação, talvez só precise reorganizar o começo — e não desistir do caminho.
Dificuldade em manter a prática de meditação é mais comum do que se imagina
É fácil começar. Difícil é continuar.
A maioria das pessoas que tenta meditar pela primeira vez sente algo positivo.
Um alívio momentâneo, uma curiosa sensação de presença, talvez até um silêncio que surpreende.
Mas depois de alguns dias, aquilo se perde. E tudo o que era entusiasmo vira dúvida, resistência ou abandono silencioso.
Se você já começou a meditar e não conseguiu manter a prática, não está sozinho.
Essa dificuldade em manter a prática de meditação é muito comum — e quase sempre tem a mesma raiz: o início foi feito sem uma estrutura confiável.
Sem estrutura, o começo da meditação vira esforço demais e clareza de menos
A mente humana precisa de repetição para aprender. Mas não de qualquer tipo: ela precisa de repetição com sentido.
Quando a pessoa tenta meditar com áudios soltos ou técnicas desconexas, ela até repete... mas não entende o que está fazendo.
Isso gera insegurança.
Uma sensação de que está apenas “tentando algo”.
E quando não entende, o esforço cresce. E, com ele, o desgaste.
A meditação não precisa ser um fardo. Mas sem orientação, ela se torna.
O problema não é meditar sozinho — é não saber por onde seguir
Um dos mitos mais prejudiciais é acreditar que a meditação exige força de vontade constante. Na verdade, o que ela exige é um bom começo. Um começo lúcido. Um começo que explique o que é meditar, por que fazer, o que esperar, e como prosseguir quando as dificuldades surgirem.
Não é o ato de estar só que impede a constância.
É estar só sem direção.
Com um curso estruturado, mesmo quem está fisicamente só tem a sensação de estar amparado. A sequência faz sentido. O próximo passo já está ali. A mente não precisa improvisar — ela pode se entregar.
E quando isso acontece, a prática deixa de oscilar com o humor ou o cansaço.
Ela passa a habitar o cotidiano.
Com leveza.
Com raiz.
A chave para a constância está no tipo de relação que você cria com a prática
Pessoas que têm dificuldade em manter a meditação costumam se culpar.
Mas o problema, na maioria dos casos, não é preguiça, nem indisciplina.
É que a relação com a prática começou mal formulada.
Começou como esforço, como expectativa, como obrigação.
E não como aprendizado, como gesto, como aproximação.
O que sustenta uma prática no tempo não é a perfeição da técnica, nem o “gostar” de meditar.
É a compreensão de que há um caminho claro, e de que esse caminho já provou seu valor.
Com isso, até os dias difíceis fazem sentido.
Até a mente agitada encontra seu lugar.
E o silêncio — mesmo quando distante — já não é uma exigência, mas uma possibilidade viva.
Se você sente que não consegue manter a meditação, não é sinal de fracasso. É só sinal de que talvez o seu início tenha sido solitário demais — e estruturalmente frágil. Recomeçar, dessa vez com clareza e método, pode mudar tudo.
Andrés De Nuccio
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