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Como saber se estou meditando de verdade?

  • 27 de jul.
  • 3 min de leitura

É comum, entre praticantes iniciantes e até entre alguns mais experientes, surgir uma dúvida silenciosa: como saber se estou meditando de verdade ou apenas relaxando? Essa pergunta, embora simples, guarda em si uma sutileza essencial — a diferença entre repouso e transformação.


Andrés De Nuccio
A aparência enganosa da serenidade

Como saber se estou meditando de verdade?


A aparência enganosa da serenidade


Muitas pessoas iniciam sua prática, se sentam com o corpo alinhado, respiram fundo, fecham os olhos… e encontram um certo alívio. Um descanso. Um leve amolecimento das tensões.


Isso, por si só, já tem valor. Afinal, vivemos numa época em que permitir-se pausar já é um gesto de coragem. Mas o relaxamento, apesar de bem-vindo, não é o mesmo que meditação.


O relaxamento é um estado fisiológico de desativação. A frequência cardíaca reduz, os músculos liberam tensões, a mente desacelera. A meditação, no entanto, exige um movimento a mais: um tipo de lucidez que não se instala por inércia, mas por decisão consciente. É um silêncio que observa, não que apaga.


O núcleo da prática: consciência viva


 Meditar de verdade não é buscar uma ausência de pensamentos — mas desenvolver presença diante deles. É estar ali, mesmo quando surgem imagens, memórias, desconfortos. E, sobretudo, não ser arrastado.


A pergunta-chave não é: “estou calmo?”

Mas sim: “estou lúcido?”


No relaxamento, é possível adormecer lentamente dentro de si. Na meditação, o que se busca é o oposto: acordar dentro de si. Ser espectador do próprio funcionamento mental — não para controlá-lo, mas para compreendê-lo..


Um critério interno: a mudança sutil no eixo


Há uma mudança muito específica que sinaliza o início de uma meditação verdadeira: o deslocamento do “eu que pensa” para o “eu que observa o pensamento”.


Essa transição pode durar segundos, mas quando acontece, tudo muda. Os pensamentos continuam passando, mas há uma instância silenciosa dentro de nós que já não se confunde com eles. O centro se reposiciona.


Esse é o momento em que deixamos de ser personagens e voltamos a ser o palco. Não é algo espetacular, nem místico. É discreto. Mas profundo.




 Os riscos de confundir prática com efeito


 Buscar apenas sensações agradáveis pode se tornar uma armadilha. Às vezes, a meditação autêntica nos confronta com o que evitamos sentir. E não raro, as práticas mais transformadoras são aquelas que nos fazem atravessar desconfortos com lucidez, não aquelas que nos protegem deles.


Se todas as suas sessões terminam com leveza, pode haver aí uma fuga — e não um encontro.


Meditação não é anestesia. É revelação.


Três sinais de que você está meditando — e não apenas descansando


Sem reduzir a complexidade da prática a uma fórmula, é possível apontar alguns sinais que, quando presentes, indicam que há um processo meditativo real em curso:

  1. Você percebe os pensamentos, mas não se envolve com eles. Eles surgem, e você os reconhece — mas escolhe não seguir.

  2. Sua atenção retorna ao ponto âncora espontaneamente. Seja a respiração, o som, o corpo ou o silêncio, há um retorno voluntário e consciente.

  3. Após a prática, há mais clareza — não necessariamente mais conforto. Você percebe melhor seus padrões, seus impulsos, suas reações. Ainda que isso gere incômodo, há nitidez.


Meditar é permanecer — não escapar


A mente agitada continuará existindo. As emoções continuarão flutuando. O corpo nem sempre estará confortável.


Mas a meditação começa quando, mesmo assim, escolhemos ficar. Escolhemos permanecer atentos. Escolhemos estar — não como quem foge da vida, mas como quem a atravessa com olhos abertos.


É esse tipo de presença que transforma.

E é isso que diferencia a prática verdadeira de uma pausa agradável.


Um convite à prática consciente


 Se você se pergunta com frequência como saber se está meditando de verdade, talvez esteja justamente no ponto em que a busca deixa de ser técnica e começa a ser íntima. A dúvida, nesse caso, é o limiar da descoberta.


Mais importante do que dominar uma técnica é desenvolver a honestidade interna que reconhece:

“Hoje eu estava presente.”

Ou:

“Hoje eu me distraí — mas percebi, e voltei.”


Esse voltar… é o coração da prática.

E é isso que cultivamos, dia após dia, quando decidimos meditar não para relaxar, mas para reencontrar o centro.



Andrés De Nuccio







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