A mente cansada não é normal, é um pedido de socorro.
- Andrês De Nuccio
- 26 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 29 minutos

A mente cansada não é normal — é um pedido de socorro
E ignorar esse sinal pode custar mais caro do que parece
Vivemos tempos em que o cansaço virou paisagem.
Cansaço ao acordar.
Cansaço que atravessa o dia.
Cansaço que não se desfaz nem depois de um fim de semana calmo.
Mas será mesmo que isso é normal?
Ou será que aprendemos a conviver com uma exaustão que não deveríamos aceitar?
Não estamos falando apenas de corpo.
Estamos falando da mente.
A mente que não silencia.
Que desperta acelerada, fazendo listas.
Que tenta dormir, mas repassa conversas, recria cenários, antecipa problemas.
A mente que gira sem parar, como se nunca houvesse desligamento.
Muitos chamam isso de vida adulta.
Mas não é vida — é sobrevivência.
É um automatismo crônico que nos mantém ativos… e desconectados.
E o mais perigoso?
É que nos acostumamos tanto a esse estado que paramos de notar. Achamos que a mente cansada é normal, mas não é.
Você já nem percebe que está distraído.
Que responde às pessoas enquanto pensa em outra coisa.
Que lê… mas não retém.
Que respira… mas não sente.
A mente hiperestimulada perde sua capacidade de presença.
E sem presença, o mundo acontece — mas você não habita nele de verdade.
Esse tipo de exaustão cobra um preço invisível.
Ela compromete suas decisões.
Distorce sua escuta.
Desorganiza seu humor.
Rouba sua capacidade de se concentrar, de estar inteiro com alguém,
de acessar estados mais profundos de sensibilidade.
Ela afeta até sua espiritualidade.
Porque a alma só se revela quando a superfície aquieta.
E com barulho demais… até a alma se esconde.
Talvez você pense:
“É a vida. Não tem como fugir.”
Mas não se trata de fugir.
Trata-se de reaprender a estar.
De reorganizar por dentro o que o mundo fragmenta por fora.
Não é sobre parar tudo.
É sobre cultivar um espaço interno onde a vida possa respirar — com lucidez.
A boa notícia?
Esse espaço existe.
E pode ser acessado.
Mas ele não aparece com mais estímulo.
Aparece com menos.
Ele nasce de escuta.
De método.
De prática contínua — mesmo nos dias barulhentos.
A mente não vai se aquietar sozinha.
E esperar o “momento certo” é como querer aprender a nadar esperando que o mar fique imóvel.
Se sua mente está sempre cansada, talvez este seja o sinal.
Não de fracasso.
Mas de urgência.
De que algo em você precisa de outra forma de existir.
E talvez agora seja o momento de começar.
Andrés De Nuccio
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