Essa prática constante reestrutura o modo como nos relacionamos com a realidade. E o que parecia um “problema de foco” revela-se apenas uma falta de treinamento consciente.

Há algo que acontece na prática do Yoga que não cabe nos gráficos. É o instante em que a mente silencia, mas não dorme. Em que o corpo relaxa, mas não cai. Em que a atenção se espalha pelo ser, como luz que preenche todos os cantos de uma casa.

Ao praticar Yoga com constância, algo curioso acontece: Começamos a lembrar quem somos. Mas não com palavras. Com sensação. Sentimos onde bloqueamos. Onde apertamos o peito para evitar o choro. Onde encolhemos para não incomodar.

Não é apenas cansaço. É um tipo de esgotamento que nem o sono resolve. É o corpo tenso mesmo após o descanso. É a mente acelerada mesmo diante do silêncio. É a perda do brilho nas coisas simples, e o peso das tarefas antes leves.

Não é apenas cansaço. É um tipo de esgotamento que nem o sono resolve. É o corpo tenso mesmo após o descanso. É a mente acelerada mesmo diante do silêncio. É a perda do brilho nas coisas simples, e o peso das tarefas antes leves.

Vivemos identificados com uma coleção de pensamentos: Sou isso. Não sou aquilo. Tenho esse limite. Preciso daquela aprovação. Funciono assim.

O que se espalhou por aí muitas vezes não foi o yoga em si, mas uma versão pasteurizada ou mística demais dele. Imagens idealizadas. Palavras vagas. Promessas infladas. Para quem tem os pés no chão e o coração cético, tudo isso pode parecer um convite à fuga — ou à ingenuidade.

A ansiedade não mora no futuro. Ela vive na antecipação. É um corpo que se prepara para perigos invisíveis. É uma mente que constrói cenários antes de viver o momento.